História de Santa Maria do Herval

por Zuleica Welter publicado 21/02/2018 12h01, última modificação 21/02/2018 12h01

A formação do município de Santa Maria do Herval ocorreu em diferentes etapas, de acordo com os diversos loteamentos da imigração germânica organizados a partir das antigas colônias de São Leopoldo.  Os pioneiros começaram a chegar a partir de 1827 e 1829, mas o grosso das levas chegou a partir da Revolução Farroupilha, em 1846, três anos antes da fundação da Comunidade São Francisco Xavier do Bucherberg em 1849, a comunidade mais antiga do município, na época pertencente à Linha Comprida dos Dois Irmãos.

                A partir de março de 1853 iniciou-se o povoamento da Picada Herval, com a chegada das primeiras famílias ao local onde hoje se encontra a sede do município até Boa Vista do Herval. Em 31/10/1912, a Câmara Municipal de São Leopoldo criou o 8º Distrito, com sede em Boa Vista do Herval e instalação da Sub-Prefeitura. No ano de 1935 a denominação do 8º Distrito passou a ser Padre Eterno. No entanto, a Sub-Prefeitura permaneceu ocupando as mesmas instalações em Boa Vista do Herval.                                                          

          Na data de 01/03/1950, a sede do 8º Distrito de São Leopoldo foi transferida para a atual sede do município, passando a denominar-se Santa Maria do Herval. No ano de 1958 Dois Irmãos emancipou-se de São Leopoldo e o Herval passou a fazer parte dessa unidade política até 1988, quando aconteceu o movimento emancipacionista e Santa Maria do Herval também se torna município autônomo.

                Entre colinas e vales, a 75km de Porto Alegre, capital do Estado, situa-se Santa Maria do Herval, com 6.500 habitantes. Hospitaleira, amigável, tranquila, com seus jardins floridos e povo ordeiro e trabalhador.

                Herança? Sim. Acreditamos que todas essas características nos foram legadas por nossos ancestrais, imigrantes da região do Hunsrück e arredores. Nossa gastronomia é típica: cucas, linguiças, schmiers, assados de porco, bolinhos de batata e muitas outras receitas gostosas que nossas avós nos deixaram.

                A cultura é preservada nas treze comunidades do município, pois mais de 90% da nossa população ainda fala a Língua Hunsrik/Platt Tayxt, o que é incentivado pela prefeitura para que não se perca esse vínculo de comunicação com as regiões de origem na Europa.

                A arquitetura guarda fortes traços germânicos e um grande número de casas em estilo enxaimel ainda se acham preservadas.

                A festas também lembram os costumes tipicamente germânicos com as bandas, danças, comida e chopp, a exemplo da “Kartoffelfest”, nossa maior e mais importante festa, que ocorre sempre em maio, mês de emancipação do Município.

                A agricultura é, ainda, uma forte atividade econômica, com o cultivo da batata, olericultura, além da criação de frangos e gado leiteiro. Também faz parte da economia do município, as Indústrias de Calçados, Frigorífico Boa Vista, Comércio e prestação de serviços.

              Fomos largamente privilegiados pela natureza com cascatas, cavernas, rios e matas muito ricas, o que sugere “Turismo Ecológico”, “Turismo de Aventura” e “Turismo Radical”.